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Originalmente publicado em Meme News

Em 2017 a pesquisadora Luciana Zaffalon, da FGV, descobriu a recorrência de uma troca de favores entre o judiciário e o estado de São Paulo. O escambo ocorria quando o estado recebia sentenças desfavoráveis na primeira instância. Para não pagá-las, entrava com um pedido de de suspensão de segurança, que fazia com que as sentenças tivessem seus efeitos suspensos diretamente pela presidência do Tribunal de Justiça. Em troca, o TJ recebia mimos orçamentários que atendiam aos interesses da corporação. Entre 2012 e 2015, o governo foi atendido em 82% dos processos que trataram de licitações, contratos ou atos administrativos pelo presidente do TJ. Em troca, a Alesp aprovou 91% das propostas apresentadas pelo governo estadual que diziam respeito à Justiça paulista (quase metade dos projetos versava sobre benefícios corporativos). Agora o Justa expandiu o período e a abrangência geográfica da pesquisa. Conclusão? Entre 2013 e 2018, os Tribunais de Justiça de São Paulo e do Ceará suspenderam 100% das decisões que buscavam garantir direitos para pessoas presas. No Paraná, o percentual foi de 79%.

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